A monitorização e a avaliação são fundamentais para medir a eficácia da resposta da ação pública e para avaliar o seu desempenho, bem como para construir e formular uma base forte de provas de tudo o que funciona nas estratégias para erradicar a violência contra as mulheres. Por isso, a Iniciativa centrar-se-á em fortalecer a capacidade das instâncias responsáveis pela formulação, monitorização e avaliação de políticas públicas e leis integrais para a eliminação da violência contra as mulheres.

Por outro lado, dada a necessidade de compreender a magnitude da violência contra as mulheres para reforçar e melhorar a eficácia das políticas de prevenção e resposta, a Iniciativa focar-se-á no fortalecimento da capacidade técnica das instâncias responsáveis pela recolha e gestão de dados estatísticos, bem como produzir conhecimento com abordagem inovadora sobre a envergadura real da violência contra as mulheres, e a sua extensão, causas e efeitos.

Para dar uma resposta adequada à violência contra as mulheres e manter a sua segurança e bem-estar, é fundamental prestar serviços de atendimento, proteção e reparação a partir de uma cultura de empoderamento que ajude as mulheres vítimas/sobreviventes a estudar as diversas opções que têm à sua disposição e que apoie as suas decisões.

Neste sentido, a Iniciativa incidirá no fortalecimento da capacidade de resposta de serviços especializados partir-se-á da formação e capacitação do seu pessoal, bem como o desenvolvimento de padrões de qualidade.

Finalmente, a fim de garantir que os serviços de todos os setores envolvidos se coordenam e gerem para oferecer uma resposta integrada, multidisciplinar, sistemática e sustentada, trabalhar-se-á no sentido de reforçar a capacidade de articulação e coordenação das instâncias responsáveis pelo atendimento, proteção e recuperação das mulheres vítimas/sobreviventes de Violência Contra as Mulheres (VCM), bem como de outros setores-chave, tais como a sociedade civil.

A prevenção não pode ser um esforço a curto prazo, mas um empenho que necessita do compromisso constante dos governos e das restantes partes interessadas, bem como de uma maior investigação para informar e supervisionar os progressos e as ações para erradicar a violência contra as mulheres a partir da sua origem. Nesse sentido, é necessário não só desenvolver esforços a favor da obtenção da igualdade de género em todos os âmbitos e a todos os níveis, mas também trabalhar para promover mudanças nas atitudes e práticas discriminatórias através de programas educativos que promovam as relações de respeito e a igualdade de género a partir de idades precoces, bem como abordagens multifacetadas e de mobilização social que envolvam grupos-chave estratégicos, tais como homens, líderes comunitários e religiosos, setor privado e outros.

A este respeito, a Iniciativa procurará criar ferramentas que permitam promover e medir a mudança cultural da sociedade ibero-americana relativamente à violência contra as mulheres, bem como fortalecer as capacidades técnicas do âmbito educativo para prevenir o seu aparecimento. Além disso, dada a importância de fortalecer os argumentos fortalecer os argumentos de prevenção dirigidos à cidadania, a Iniciativa procurará desenvolver ferramentas/metodologias que permitam a homogeneização e padronização dos processos de recolha de informações para calcular o custo da violência contra as mulheres nos países ibero-americanos.